Na foto, você vê um curso para mães oferecido pelo regime nazista. Ser mãe era, afinal, a principal e praticamente única finalidade das mulheres para Hitler e seus seguidores. Estamos fazendo um mês de história das mulheres na Alemanha e no Brasil, e hoje vamos entender qual era o perfil da ariana nazista, responsável por boa parte da base de apoio do governo.

As mulheres nazista eram, na verdade, uma mistura: acreditavam na sua função de mães no regime, mas queriam incorporar conquistas de mulheres que criticavam, como educação feminina e cargos de liderança. Rejeitavam a mulher (dita moderna) da República de Weimar como devassas e destruidoras da família, enquanto criticavam as burguesas pelo pensamento liberal e individualista (o conceito de volksgemeinschaft, ou comunidade do povo, era essencial no nazismo). As mulheres de esquerda, então, eram odiadas pelas nazistas, consideradas pessoas desestruturantes da sociedade, por serem pacifistas e internacionalistas. Judias e não alemãs, então, nem se fala. Mas esse não era um pensamento exclusivo das mulheres do regime, afinal o nazismo era, por definição, antiliberal, anticomunista, antissemita e xenófobo.

Das aparentes contradições da história: o que fez o partido nazista, tão misógino, ter um apoio massivo das mulheres? Falaremos mais sobre isso na quinta-feira, e com mais profundidade na segunda parte do episódio de março. Se perdeu a primeira parte, que falamos das mulheres até a ascensão de Hitler, dá uma olhada aqui.

>>> De fevereiro a abril de 2021 o SPQF produziu um podcast sobre história entre Alemanha e Brasil. Confira aqui a lista de episódios.

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