“Economize sabão! Porque ele é feito da gordura e do óleo que são tão necessários agora. Mas como? Nunca mergulhe o sabão na água de lavagem! Nunca o segure sob água corrente! Evite muitos sabonetes! Mantenha sempre a saboneteira seca! Não jogue fora as pontas do sabonete!”

Esse cartaz é apenas um exemplo da escassez de produtos que a Alemanha passou durante a Primeira Guerra. Como forma de compensar essa carência, o governo dava dicas de como conservar o pouco que se tinha e não desperdiçar.

Eram oferecidos até mesmos cursos, palestras, livros e cartilhas de como fazer mais com menos na cozinha, substituir ingredientes tradicionais e fazer os alimentos durarem mais tempo – com conservas, por exemplo, compotas, substituição do trigo pelo centeio no pão, da carne por laticínios e peixes.

Com a falta de alimentos já em 1915, segundo ano da guerra, as mulheres passavam longas horas em filas para adquirir produtos, muitos deles em falta, como manteiga, ovos e carvão. As que tinham condições recorriam ao mercado paralelo, com preços altíssimos para alimentos antes considerados básicos.

Com tantas dificuldades, muitas famílias buscaram produzir os próprios alimentos para escapar o máximo possível dessa carência.

Para quem quiser saber mais sobre o dia a dia e as dificuldades durante a Primeira Guerra na Alemanha, falei mais disso na parte 1 do episódio sobre História das Mulheres em março deste ano no podcast – está disponível no Spotify e todas as outras plataformas de podcast.

Se houvesse uma guerra onde você vive e faltasse alimentos, do que você sentiria mais falta (e até tentaria estocar?)

Fonte: exposição Berlim Global – Humboldt Forum e livro Women in German History, de Ute Frevert

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