Como falamos no post de terça, o lugar das mulheres no para os nazistas (arianas e “saudáveis”, é claro) era de mães de futuros soldados. Isso, segundo eles, restabeleceria a ordem e harmonia social “pervertida” pela República de Weimar.
Um jornal nazista falou de “emancipar mulheres da emancipação feminina”. Hitler falou, em 1934, que o termo “emancipação feminina” era de judeus, porque para ele continha o que chamou de espírito desagregador dos judeus. Basicamente, para o nazismo, o movimento de mulheres do pós-Primeira Guerra teria incitado elas contra os homens, e estimulado o individualismo. Ou seja: a busca das mulheres por independência as teria levado a se afastar do seu dever maternal. A fala de Goebbels, que você lê no carrossel de imagens, também está alinhada com isso.
Mas, na verdade, em geral o discurso nazista ignorava as mulheres na maior parte do tempo. Como você vê no carrossel, havia críticas de partidos de esquerda (SPD e DDP) sobre a visão nazista das mulheres e, diante da derrota de Hitler para Hindenburg em 1932, em que o general venceu com amplo apoio feminino, o líder nazista dirigiu em um discurso a elas, dizendo que as mulheres eram parceiras dos homens no sexo e no trabalho, mas sempre com hierarquias: os homens organizavam a vida e cabia às mulheres implementar suas ideias.
Em 1933, com a ascensão de Hitler ao poder, centenas de grupos de mulheres, com diferentes interesses, foram forçados a integrar uma organização central do partido, a NS Frauenschaft. Alguns grupos fizeram isso com facilidade, outros com alguma resistência, e outros, ainda, foram dissolvidos – em especial os de esquerda (foram proibidos) e os formados por judias.
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