O filme Em Trânsito, de Christian Petzold, provoca o espectador ao brincar com marcadores de tempo: ao misturar elementos atuais com outros da década de 1940 de uma forma sutil, o longa sugere que a perseguição feita pelo nazismo poderia acontecer novamente.

O cenário é Marselha atual, e conhecemos a história de pessoas que estão tentando fugir, e como essa situação de incerteza despedaça a saúde mental e os relacionamentos daqueles que vivem a tensão.
Petzold nos lembra, ainda, que nada é fixo e imutável: nossas vidas estão permanentemente em trânsito.
O que isso tem a ver com a história alemã? A partir do filme podemos sentir a angústia do ser fugitivo para salvar a própria vida, algo que está relacionado ao terror do nazismo, mas que facilmente poderia se transpor para o século XXI.
Com isso podemos refletir que, dado um contexto específico, muitas pessoas repetiriam o comportamento de perseguição, delação, colaboração com o autoritarismo e violência, apesar do que a história nos ensinou.
Eu e o @sergiorizzobr falamos mais sobre esse filme na parte 1 do episódio de abril do podcast, que você pode ouvir aqui no site ou em plataformas de streaming como o Spotify, buscando por Somos pq Fomos.
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