O filme Phoenix, do mesmo diretor de Em Trânsito, Christian Petzold, trabalha com duas imagens importantes: a da transformação de identidade via cirurgia plástica, por um lado, e o lugar incômodo da vítima sobrevivente.

A protagonista Nelly sobrevive às atrocidades de um campo de concentração e seu rosto precisa ser reconstituído.
Tudo o que ela quer na reconstrução da sua vida é que as coisas sejam como antes: seu rosto, seu casamento, suas amizades, sua carreira de cantora, sua vida… Mas nada mais é o mesmo depois da guerra, e Nelly descobre isso de forma dolorosa.
O que isso tem a ver com a história alemã? Muitos não sabem, mas a figura da vítima na história nasceu do Holocausto.
A vítima sobrevivente traz consigo um constrangimento para os alemães que não foram perseguidos e que, em diversos níveis, foram coniventes com os atos do regime nazista.
O filme provoca essa reflexão sobre a dificuldade de arcar com essa responsabilidade. Uma produção muito impactante que vale a pena assistir!
Eu e o @sergiorizzobr falamos mais sobre esse filme na parte 1 do episódio de abril do podcast, que você pode ouvir aqui no site ou em plataformas de streaming como o Spotify, buscando por Somos pq Fomos.
>>> De fevereiro a abril de 2021 o SPQF produziu um podcast sobre história entre Alemanha e Brasil. Confira aqui a lista de episódios.
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