Os campos de concentração da Alemanha nazista eram administrados pela SS, o que significa que os guardas (homens e mulheres) que cometiam as atrocidades contra as pessoas perseguidas pelo regime nos campos faziam parte dessa organização.

Entre os cerca de 250 mil membros da SS (1939), cerca de 3.500 mulheres foram treinadas no campo de concentração feminino de Ravensbrück (em Brandemburgo, ao norte de Berlim). Algumas delas ficaram em Ravensbrück, enquanto outras foram trabalhar na ala feminina de outros campos. As vagas prometiam altos salários com chance de promoção. 

Leia o que a premiada historiadora alemã Ute Frevert, especialista em história política, social e de gênero contemporânea e diretora administrativa do prestigiado Instituto Max Planck para o Desenvolvimento Humano, escreveu sobre elas:

[atenção: chocante, NÃO leia se for sensível a detalhes de violência – eu chorei –, tá?]

“Elas não agiam de maneira diferente de seus colegas do sexo masculino, torturando e abusando das prisioneiras, esmagando bebês contra as paredes e matando crianças enquanto suas mães eram forçadas a olhar. Elas selecionavam mulheres adequadas para experiências médicas e enviavam o resto para as câmaras de gás. Apenas o penteado e as roupas as diferenciavam dos homens da SS.”

Na parte 2 do episódio sobre mulheres no nazismo, falamos não apenas da colaboração, mas da resistência de mulheres ao regime. Ouça no site (link na bio) ou nas plataformas de streaming (buscando por Somos pq Fomos).

Fotos: Gedenkstätte Ravensbrück

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