Durante o século XIX e primeira metade do XX, alemães empobrecidos emigraram em massa com destino às Américas. Mas mesmo que o Brasil tenha formado numerosas colônias alemãs, os Estados Unidos receberam, de longe, a maior quantidade de pessoas dessa nacionalidade. Ao ponto de, até 1960, ser a segunda maior população imigrante no país, ficando atrás apenas dos italianos! Ainda hoje, o alemão é o idioma falado em casa por cerca de 900 mil pessoas nos EUA, e aproximadamente 60 milhões alegam ser descendentes de alemães.

Por volta de 250 mil alemães aportaram no Brasil no total, e isso foi apenas o número de germânicos recebidos pelos EUA no ano de 1882 (na soma de todos os anos, foram cerca de 7 milhões)!

É fácil para a gente, no século XXI, achar óbvia a escolha dos alemães para o país mais próspero. Mas à época, especialmente no século XIX, os EUA ainda não eram a potência econômica de hoje. Os motivos da escolha são, principalmente, o clima mais próximo do que os alemães estavam acostumados, e a viagem bem mais curta. Inclusive por isso, muito mais barata! Uma travessia para a costa leste americana custava mais ou menos a METADE do que uma passagem para Santa Catarina, no Brasil.

Falamos mais sobre isso no 1º episódio do SPQF, que debate imigração alemã.

A imagem mostra imigrantes desembarcando em Ellis Island, em Nova York, onde os recém-chegados eram triados antes de seguirem para seu destino (livro Herança Compartilhada). Abaixo, um grupo de imigrantes alemães posa para a foto no Brasil (acervo do Museu da Imigração).

>>> De fevereiro a abril de 2021 o SPQF produziu um podcast sobre história entre Alemanha e Brasil. Confira aqui a lista de episódios.

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